Letras das Marchinhas concorrentes:
MARIA DA PENHA NELES
(Cris Rodrigues e Rita Melém)
No mundo patriarcal
Explorar mulher parece natural
Cuidado macharada
Bater em mulher não tá com nada
Refrão
Maria da Penha neles
Maria da Penha neles
É o bloco da canalha
Na luta com a gente.
Todo carnaval
É igual ao que passou
A mulher é presa fácil
E o macho, o predador
Refrão
Em todo lugar
É um tal de come, come
O cara se acha o tal
Mas é a mulher que engole o homem
Refrão
Galera da Canalha, (não se calem)
Chegou a nossa vez, (agora é lei)
Denuncie o agressor (180)
E mande pro xadrez
LEITO DE TAMBA-TAJÁ
(Ruy do Carmo/Tommil Paixão)
Leito de Tamba-Tajá
De boto namorador
Mulato, corpo perfeito,
Dançarino do amor
Chega assim ribeirando
Moço apaixonador
Vem pro Bloco da Canalha
O galante sedutor (2x)
Eita paixão danada
Ocorre no leito do rio
Os corpos enluarados
São prova de um amor viril (2x)
Boto meu irmão de lua
Vê se não descuida não,
Mano usa a camisinha,
AIDS não é fácil não (2x)
FREVO MARXISTA
(Tony Leão e Rafael Guerreiro)
Vou me fantasiar de alegria
E pular o carnaval na avenida
Vou deixar todos esses valores
Guardado na gaveta da vida
O carnaval é a festa da carne
E o vermelho e a cor da folia
Vil ralé que cospe no chão
Uni-vos assim no refrão
Refrão
Caminhando e cantando
E seguindo a fanfarra
No carnaval a regra é clara
Tod@s soldados do riso
Subvertendo a ordem
Na lei de Momo ou na marra!
EU SOU CANALHA
(Raimundo Reis Filho – “Pintinho” do Boi da Terra)
Eu vou pular de alegria
Até dá calo no pé
Pois carnaval é folia
Só não brinca quem não quer
Quem puxa o saco
Quem cospe no chão
Quem é bichinha
Quem é sapatão
Quem é de boi ... Ê boi!
E poesia
Eu sou canalha
Eu sou folia
Eu vou... eu vou...!
FUJA DA ARRAIA
(Cris Rodrigues e Rita Melém)
Me embrenhei no meio da praia virgem
Fugindo da correnteza
Cuidado: água parada
É sinal de arraia com certeza
Refrão:
Ferrada dói, ferrada dói
Ferrada de arraia
Dói, dói, dói
Ferrada dói, ferrada dói
Chupa logo esse veneno
Se não ele corrói.
CUTICA E COME
(Rui do Carmo/ Tommil Paixão)
Tuíra do lodo
vou me fantasiar,
bebendo água-ardente pela chuva
só pra sacanear.
No chamego dessa nega,
de acesume escandaloso
quando o amor cutica a gente
ai! me cutica.
Fica tudo mais gostoso.
Urubu do ver-o-peso já disse,
sendo o do rei do bacanal
só quem não come turu,
não levanta o pau!
No embalo desse frevo
de vai-e-vem ofegante
no Bloco da Canalha,
Iara e Boto cutica e come.
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